Ameaças a infraestruturas críticas

Aproxima-se o ano de 2020, e torna-se cada vez mais curto o tempo para que as empresas se possam preparar para uma das inovações que promete revolucionar a forma como operam, que é a tecnologia 5G.

Ninguém nega que será impactante no ecossistema empresarial, oferecendo uma redução de custos, aumento da produtividade e aceleração nas migrações para a cloud. Com destaques como a velocidade e a conetividade, importa ter presente que também representa riscos. 

Causar falhas ou inoperacionalidade dos serviços ou das infraestruturas são as principais ameaças quer a unidades fabris, quer a infraestruturas críticas.

Numa unidade fabril onde a automação exija que os robots possam circular livremente numa determinada área, será necessário transmitir indicações aos mesmos a partir de uma unidade central, normalmente por via rádio, uma vez que uma rede cablada não permite a mesma liberdade. 

Começa aqui o risco, pois se o sinal é manipulado, pode ser caótico para a produção, podendo ter como consequência a sua paragem ou a alteração das suas características de forma irreparável.

Se refletirmos sobre as infraestruturas ou serviços públicos de um país ou uma cidade, é de facto assustador como esta vulnerabilidade existe, pois em muitos casos não se verifica uma monitorização continua.

Existem formas de proteger esses pontos críticos, nomeadamente identificando alvos e antevendo ataques, ou detetando indícios através monitorização contínua desses equipamentos ou redes.

A maior diferença estará ainda assim, na forma de reação e na resposta, e é por isso que devemos caminhar no sentido de assumir que a estratégia de segurança destas organizações deva proteger adicionalmente as infraestruturas e as redes industriais.

Identificamos as falhas e apontamos um caminho para colmatar as mesmas, mas é preciso atuar mediante os resultados, pois elas não se corrigem sozinhas, e pelas evidências que se verificaram em ataques recentes, algumas foram exploradas meses ou anos depois da sua deteção sem que nada tenha sido feito para as prevenir.

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